Silveira e Silveirinha.
Silveira começou sua carreira na década de 50, em bem-sucedida dupla com Barrinha. Separaram-se em 64, e o mineiro Nivaldo convidou então seu irmão Agenor para formarem a dupla Silveira e Silveirinha.
Gravaram seus primeiros compactos em 66 e, ao longo da carreira, foram mais de 50 álbuns e diversos sucessos lançados. A dupla acabou em 93, com a morte de Silveirinha, mas Nivaldo seguiu carreira com outro irmão, Nicanor, e em 97 gravaram o disco “Os Irmãos Silveira”.
Nivaldo Pedro da Silveira, o Silveira - Uberaba, MG-1934
Silveira iniciou sua carreira artística no início dos anos 1950, quando formou dupla com Abílio Barra, o Barrinha. Gravaram o primeiro disco em março de1955 pela Continental.
A dupla trabalhou na Rádio Nacional de São Paulo, apresentados pelos compositores Arlindo Pinto e Anacleto Rosas Jr., no programa de Nhô Zé. A dupla separou-se em 1964, depois de mais de 10 anos de sucessos, deixando gravados cerca de 39 discos 78 rpm, 10 LPs e sete compactos.
Nivaldo Pedro da Silveira convidou então seu irmão Agenor para formarem a dupla Silveira e Silveirinha. Em 1966, Silveira e Silveirinha gravaram "Alma vazia", de Nicanor Silveira e Silveirinha, "Ciganinha",
de Silveira e Osvaldo Ramos, e "Duas almas", de Silveira, Silveirinha e Osmar Rézio.
Nos anos 1960 a dupla se apresentou na festa da Trindade em Goiás, cantando para quase 150 mil pessoas. A música "Berrante da Madalena", do radialista Faísca, teve grande repercussão junto ao público.
Outras músicas de destaque foi "Beija-flor das penas verdes", de Brejão, "Berrante da meia-noite", de Seresteiro e Claudino Vieira, e "Beira da praia", de Nicanor Silveira e Silveirinha.
A dupla, Silveira e Silveirinha gravaram aproximadamente 45 Lps e nove compactos em 30 anos de carreira.
Com a morte de Silveirinha, Silveira segue a carreira,
Formando nova dupla com o irmão Nicanor.
Em 1997, a dupla gravou o CD "Os irmãos Silveira". Neste LP destacam-se "Esquecer nunca mais", de Paraíso, e "Gaivota mensageira", de Silveira e Joel Garcia.
Entre seus Lps estão "Hoje está fazendo um ano" e "Na beira da praia" lançados pela Continental.
Discografia:
Berrante de Ouro Fino
Berrante misterioso
Campeões do berrante
Hoje está fazendo um ano
Linda cigana
Morena de Goiás
Na beira da praia
Reis do berrante
Silveira & Silveirinha
Silveira & Silveirinha (1972)
Silveira & Silveirinha (1994)
Os irmãos Silveira (1997)
Biografia enviada por Elizabeth
Praião e Prainha
Aguimar Fernandes Baleeiro (Praião) nasceu em Uberlândia/MG em 1937 e faleceu em Uberaba/MG em 1972.
Ademar Fernandes Baleeiro (Prainha) nasceu em Uberlândia/MG em 1941 e faleceu em Goiânia/GO em 1992, por motivos de saúde.
A dupla se espelhou em Silveira e Barrinha, e começou cantando em festas da cidade de Ituiutaba/MG. Em 1957, estrearam na Rádio Platina da mesma cidade. Cantavam também em circos e festas. Em 1959, foram para São Paulo. No mesmo ano, gravaram o primeiro disco, cantando o cateretê "Cabocla Ingrata" e o xote "Mineiro de Ituiutaba", ambas de Praião. No mesmo ano, gravaram o rasqueado "Só Penso em Te Amar " e a cancão rancheira "Bebendo nos Bares", ambas as composições da dupla. Foram convidados a atuar no Programa "Alvora Cabocla", de Nhô Zé na Rádio Nacional de São Paulo, passando a ser acompanhados pelo acordeonista Coqueirinho. Em 1960, gravaram o rasqueado "Quero Beber" e o corrido "Enquanto as Águas Correrem", ambas de autoria da dupla. O sanfoneiro Rezendinho integrou-se a dupla já no segundo LP, em 1961, quando gravaram "Ingratidão", rasqueado de Mário Vieira. 1962 foi o ano de "Voltando pra Goiânia", de Praião, Prainha e Zé do Rancho, e "Respondendo aos Paulistas", de Praião e Prainha. Em 1963 entre tantas duplas famosas da época, foram consagrados com o Prêmio Viola Dourada, realizado pela conceituada Revista Melodias. Desta conquista saiu o disco e música "Viola Dourada" lançado pela gravadora Califórnia. Há relatos que eles ganharam de 3 a 4 anos seguidos. O Rezendinho também recebeu o prêmio como o acordeonista mais bem votado daquele ano. Em 1964, gravaram a canção rancheira "Bebo e Não Choro", de Praião e Milano, e o cateretê "Comparação do Relógio", de Praião e Prainha. Em 1966, gravaram um LP pela Chantecler com destaque para "Igrejinha da Serra", de Mineirinho, o rasqueado "Rincão Mato-grossense", de Zacarias Mourão e Zé do Rancho, "Não Quero Esquecer-te", de Luiz de Castro e Julião Saturno, "Não Bebo Mais", de Nonô Basílio, e "Bebida Não Mata a Saudade", de Luiz de Castro e Benedito Seviero. Pouco depois gravaram mais um LP, com destaque para "Bebida Não Cura Paixão", de Praião e Prainha, "Goianinha Meu Amor", de Duduca, e "Homenagem a Mato Grosso", de Luiz de Castro e Pedro Bento. Em 1967, lançaram outro LP, cantando, entre outras "Capricho do Destino", de Brás Hernandez e Pirassununga, "Torrão Goiano", de Julião Saturno e Praião e "Filho de Ponta Porã", de Piraji e Praião. Em 1968, lançaram mais um LP com as seguintes canções: "Lá no Meio do Mato", de Raul Torres , "Sem Ninguém Por Mim", de Jair Gonçalves, "Duelo de Amor", de Goiá, "Só Resta a Saudade", de Julião Saturno e Praião, "Lenço Branco", de Serrinha, "Martírio", de Nestor e Praião, e "Saudações aos Mineiros", de Serrinha e Zé do Rancho. No mesmo ano a carreira da dupla foi bruscamente interrompida, devido a um acidente de carro que vitimou Praião. Lançaram inúmeros discos 78 rpm, compactos simples e duplos, e vários LPs pela gravadora Califórnia.
Após a morte do Praião, a pedidos de fãs o Prainha forma uma nova dupla por volta de 1973: Praião II e Prainha, que gravaram razoáveis sucessos até a morte do Prainha. Hoje o Praião II formou dupla com o Paulinho que é filho do Prainha a dupla: PRAIÃO E PAULINHO.
Biografia enviada por Ronalves
Vieira e Vieirinha
Rubens Vieira Marques (Vieira) nasceu em 20 de setembro de 1926, e Rubião Vieira (Vieirinha) nasceu em 26 de agosto de 1928, ambos em Itajobi, interior do estado de São Paulo.
Filhos de Bernardino Vieira Marques, nascido em Portugal, e Maria Gabriela de Jesus.
Bernardino chegou ao Brasil ainda mocinho, e casou-se com Maria Gabriela, com quem teve nove filhos, sendo cinco homens e quatro mulheres.
Vieira e Vieirinha cantam juntos desde muito crianças, sempre incentivados pelo pai. Cresceram junto com os primos-irmãos Zico e Zéca, e Liu e Léu. Não havia festas que eles não estivessem presentes, sempre cantando e dançando catíra.
Em 1949, conheceram a dupla Tonico e Tinoco, que passaram uns dias no sítio em que moravam, a convite do seu Bernardino. Tonico e Tinoco ao ouvirem os Irmãos Vieira cantar, gostou da dupla e os convidou para apresentações em conjunto nos cinemas da região. Os Irmãos Vieira, devido à timidez, no primeiro show em Catanduva, apresentaram-se de costas para a platéia. Então Tonico e Tinoco virava eles, e eles desviravam e ficavam de costas. Tinoco declara brincando que "os meninos começaram de costas pra arte".
Tonico e Tinoco ofereceram de levá-los para a capital, mas eles ainda não tinham coragem de deixar o interior. Iniciava-se ali uma grande amizade entre as duas duplas. Durante o tempo em que ficaram no sítio da família, colocou na cabeça dos Irmãos Vieira que eles teriam que enfrentar. Aí começaram a se apresentar nas quermesses, nas festas, nos cinemas, nos auditórios, e nas rádios da região, onde em pouco tempo ficaram conhecidos nas redondezas.
No rádio iniciaram em 1948, em Novo Horizonte , na Rádio Novo Horizonte ZYS-9, onde cantavam todos os dias no Programa "O Viajante do Sertão", com o nome de "Irmãos Vieira". Depois se transferiram para a Rádio Clube de Marília, onde permaneceram por dois anos com programa exclusivo patrocinado pelo refrigerante "Gentil".
Em 1950, fizeram a campanha eleitoral de Getúlio Vargas, que foi o primeiro a lhes abrir as portas para o meio artístico. Depois do último comício na cidade de Duartina, ao descerem do trem com Getúlio, ele disse à dupla que se fosse eleito poderiam pedir o que quisessem. Getúlio se elegeu, e os Irmãos Vieira escreveram-lhe uma carta falando do sonho de cantar no Rio de Janeiro. Getúlio então lhes abriu as portas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, mas a mãe deles não deixou eles irem, pois tinha medo do mar. Então pediram a Getúlio uma oportunidade em São Paulo, que os apresentou à Rádio Nacional de São Paulo. Viajaram com o telegrama de Getúlio no bolso. Tinoco foi esperá-los na estação da Luz e ficaram hospedados na casa de Tonico.
Estiveram três vezes na Rádio Nacional, na tentativa de conversar com o diretor da emissora, porém não foram atendidos. Tonico perguntou a eles, se haviam mostrado o telegrama de Getúlio, e eles disseram que não. Quando voltaram à Rádio com o telegrama na mão foram recebidos na hora. Então se apresentaram pela primeira vez naquela emissora no Programa "Alvorada Cabocla", de Nhô Zé, em 1951, com o nome de "Vieira E Vieirinha", que foi adotado por sugestão dos padrinhos Tonico e Tinoco.
Aí conseguiram um programa só deles: "Sertão na Cidade", onde cantavam músicas de Tonico e Tinoco, Serrinha e Caboclinho, e músicas de autoria de Teddy Vieira e José Fortuna.
A Rádio Nacional foi a primeira moradia dos dois em São Paulo. Por alguns meses, dormiram no prédio da emissora. Ali eles cantaram de 1951 à 1954. Retornaram à emissora em 1958. Foram no total 25 anos de Rádio Nacional. De 1955 à 1958, atuaram no famoso Programa "Alma da Terra" da Rádio Tupi, às segundas, quartas e sextas-feiras, das 20:30 às 21:00 horas, o chamado horário nobre do rádio na época.
A dupla foi um exemplo de sucesso no rádio, antes de começarem a gravar disco. Muito diferente dos dias de hoje, naquela época o disco não era o canal direto que colocava as duplas em contato com o seu público, primeiro tinham que fazer o nome no rádio para depois gravarem.
Gravaram seu primeiro disco 78 rpm em 1953, pela Continental, com as músicas "O Canoeiro não morreu" e "Navo Londrina".
Foram no total 32 discos 78 rpm. Em 1959 gravaram seu primeiro LP intitulado "Vieira e Vieirinha Apresentam Suas Modas", onde reúnem alguns de seus sucessos gravados em 78 rpm.
A vendagem dos discos e os cachês dos shows renderam-lhe um bom dinheiro e, em 1960, resolveram voltar para o interior, por não se adaptarem à vida na cidade grande. Adquiriram um restaurante de beira de estrada e uma fazenda em Goiás de 1500 hectares comn escritura falsa. Perderam tudo e recomeçaram do zero.
Em 1963 lançaram o LP "A Volta de Vieira e Vieirinha". Daí para frente foram inúmeros discos gravados, que totalizam aproximadamente 35, com os mais variados rítmos, mas a característica que mais marcou a dupla foi a dança da catíra que lhes rendeu o slogan de "Os maiores catireiros do Brasil".
A dupla só veio a se desfazer com a morte de Vieirinha, ocorrida em 07 de abril de 1991.
Vieira se afastou da arte por algum tempo, e só voltou em 1996, quando gravou um disco com seu filho Ailton Estulano Vieira, com o nome de "Vieira e Vieira Jr.", com quem permaneceu cantando, fazendo shows e se apresentando em programas de TVs.
Vieira faleceu em 09 de julho de 2001.
O maior sucesso da dupla foi sem dúvida "Garça branca". Mas outras músicas também se destacaram, como: Transporte de Boiada, Cravo na Cinta, Rosas de Carne, Noite Serena, Silêncio do Berrante, Adeus Querida, Ladrão de Mulher, Recortado Paulista, entre outros.
Biografia enviada por Ronalves
Existe uma Tese de Doutorado, sobre Vieira e Vieirinha, apresentada pela Professora Maria Bernadete da Universidade Federal de Uberlândia, tese que foi objeto de reportagem da Revista Globo Rural, cujo número e data não me lembro. Elsio Jeová
ResponderExcluirExiste uma Tese de Doutorado, sobre Vieira e Vieirinha, apresentada pela Professora Maria Bernadete da Universidade Federal de Uberlândia, tese que foi objeto de reportagem da Revista Globo Rural, cujo número e data não me lembro. Elsio Jeová
ResponderExcluirQuando criança ouvi muito muito e até hoje não me canso de ouvir berrante de madalena. Tá marcado pra sempre na minha mente e no meu coração. Gosto muito!!!
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