Total de visualizações de página

Quer sua Biografia aqui = escreva a sua e envie pelo contato que se encontra em baixo. 

sábado, 25 de agosto de 2012

Andre e Andrade 25/08/12

Andre e Andrade
Naturais de Itaguari – GO, José de Freitas Machado, o André , nasceu no dia 01/04/1952.
(Seu irmão Sebastião de Freitas Machado, o Andrade ), nasceu no dia 30/05/1948. 
André e Andrade são filhos de João de Freitas Machado e Maria José Pereira: uma família humilde e numerosa, composta por mais 10 irmãos, e que tiveram suas infâncias bastante ocupadas com o trabalho na lavoura, trabalho esse bastante pesado e exercido desde os 6 anos de idade, mas que não os impediu de desenvolver o Gosto Musical nem de tocar a Viola Caipira nas festas de Folias de Reis, acompanhados pelo pai, que era Compositor e Catireiro. 
            Foi no ano de 1973, quando André e Andrade contavam 21 e 25 anos de idade, respectivamente, que eles decidiram que a Música viria a ser a profissão certa para eles. Resolveram então trilhar essa trajetória em Anápolis–GO, onde foi contratados pela Rádio São Francisco, onde atuaram no Programa "Tarde Sertaneja", que era apresentado às Sextas-Feiras. 
            André e Andrade permaneceram por três anos nesse programa. E, nas horas vagas, a Dupla também se apresentava em festas de Folias, circos e parques infantis da cidade. 



Em 1977, eles foram contratados pela RGD, na qual gravaram o primeiro LP (foto da capa à direita), com destaque para a Música "Jesus Cristo Veio ao Mundo" (Jose Seviero de Souza - André - Andrade). A gravação do primeiro Disco foi a realização de um antigo sonho e uma antiga promessa que finalmente estava sendo cumprida: os irmãos "André e Andrade" haviam prometido que, quando gravassem o primeiro Disco, colocariam uma foto de Jesus Cristo na contra-capa do mesmo e o tema da primeira Música seria a Ele dedicado. 
            E, na mesma gravadora RGD, André e Andrade gravaram ainda mais quatro LPs, dentre os quais, "Cama Fria" (em 1979 – cuja vendagem lhes rendeu um "Disco de Ouro". 
Em 1978, André e Andrade apoiaram, mesmo contra a vontade do pai, às suas irmãs Ana Lúcia e Luciana, que gravaram nesse ano o primeiro LP (pela Gravadora RDG (RDG-2035)). Era uma nova Dupla que começava a fazer sucesso na Família: as Irmãs Freitas (foto à esquerda)! 
            Em 1982, André e Andrade encerraram o contrato com a RGD e passaram a gravar seus Discos na Chantecler, onde permaneceram durante 4 anos, nos quais gravaram os LP's "Sinal Fechado", "Noite Comprida", "Amor que Vale Milhão" e"Amando Escondido". Quero aqui destacar a Faixa 2 do Lado 2 do LP "Noite Comprida", intitulada "Salada Musical" (Salada de Sucessos) (Moacyr dos Santos - Andrade), na qual André, Andrade e Douradinho cantam citando o nome de diversos sucessos da Música Caipira!! 
            Encerrado em 1988 o contrato com a Chantecher, André e Andrade continuaram a se apresentar em diversos lugares do Brasil e gravaram mais dois LPs independentes: um pela gravadora Danúbio e outro pela Trisson, além de terem se apresentado também nos programas "Frutos da Terra" (pela TV Anhanguera de Goiânia-GO - filiada à Rede Globo),Viola Minha Viola
 (pela TV Cultura de São Paulo-SP - apresentado pela "Madrinha" Inezita Barroso), "Som Brasil" (pela Rede Globo), "Raul Gil" (pela TV Record), "Empório Brasileiro" (pelo SBT - apresentado pelo Rolando Boldrin); "Especial Sertanejo" (pela TV Record), dentre outros. 
            Um momento importantíssimo na Carreira Musical da Dupla "André e Andrade" foi a parceria com Hamilton Carneiro (Apresentador do programa "Frutos da Terra") e com o saudoso Geraldinho (inesquecível Contador de "causos"). Foi nessa parceria que eles gravaram os dois excelentes CD's intitulados "Trova, Prosa e Viola - I" (em 1994) e "Trova, Prosa e Viola - II" (em 2000), CD's esses riquíssimos não apenas no excelente Repertório Caipira Raiz, mas também pela verdadeira "Aula de Cultura Caipira", através da Narração de Hamílton Carneiro e dos Causos contados pelo Geraldinho. 
            O encarte de ambos os CDs oferecem ao Apreciador um glossário dos termos regionais empregados pelo Geraldinho.
Merece destaque também a bem humorada Moda "Invencionice" (Hamílton Carneiro - André - Andrade), que é a 11ª Faixa do CD "Trova, Prosa e Viola - I"
Entre as gravações dos dois CDs "Trova, Prosa e Viola", a Dupla lançou em 1997 o CD "Sete por Três". E, em 2002, com o apoio dos amigos "Gino e Geno" e do Rick, André e Andrade gravaram (pela Warner) o CD "Paixão Caipira", com a participação da Dupla "Rick e Renner". 
Ao longo da carreira, a Dupla "André e Andrade" gravou, até o momento, 17 Discos entre CDs e LPs, além de algumas participações especiais, como por exemplo, no LP de Rolando Boldrin "Terno De Missa" (Lançado em 1990 pela RGE - 320.6046), interpretando a belíssima "Moda Ecológica" (André - João de Freitas), e no CD de Daniel "Meu Reino Encantado III" (Lançado em 2005 pela Warner Music - 5050467903326), interpretando "O Último dos Carreiros" (José Béttio - Wilson Roncatti). 
André e Andrade gravaram também os CDs "Sertão",
Trio Parada Dura
Carlos Alberto Mangabinha Ribeiro, o Mangabinha, nascido na cidade de Corinto-MG em 1942 é o único integrante remanescente da formação original desse trio que se formou em 1973 e aproveitou a trilha aberta por Léo Canhoto e Robertinho para inovar a Música Sertaneja em diversos aspectos, como a temática do repertório e a instrumentação, mas sem ferir totalmente nem fugir demasiadamente das Raízes. 
Mangabinha foi "bóia-fria" no Interior Mineiro e, com apenas 8 anos de idade, começou a tocar a sanfona de oito baixos, em 1950, apresentando-se em festas e forrós da região. 
            Em 1970, Mangabinha trocou sua Corinto natal pela Capital Mineira e, em Belo Horizonte - MG formou um trio juntamente com Gino e Geno, trio esse que chegou a lançar um LP. 
Foi no ano de 1973 que Mangabinha trocou a Capital Mineira pela Capital Paulista, onde atuou na Rádio Nove de Julho, ocasião na qual aconteceu a primeira formação do Trio Parada Dura, juntamente com Delmir e Delmon. 
Com Mangabinha, Delmir e Delmon, o Trio Parada Dura lançou três LPs pela gravadora Chororó, em seus dois anos de duração, nessa formação inicial. Desconheço qualquer remasterização em CD desses primeiros discos, os quais possuem indubitavelmente um indiscutível valor histórico. 
            Em 1975, dois anos após sua formação, aconteceu a primeira alteração no Trio Parada Dura, com as saídas de Delmir e Delmon, que foram substituídos por Benzito e Barrerito (Élcio Neves Borges, nascido em São Fidélis-RJ em 22/10/1942 e falecido em Belo Horizonte - MG em 12/08/1998). E acabaram ficando com o Mangabinha os direitos sobre o nome do "Trio Parada Dura". 
Com essa nova formação, o Trio Parada Dura gravou, até o ano de 1987, três LPs pela gravadora Chororó ("Mineiro Não Perde o Trem" (1976), "Casa da Avenida" (1977) e "Homem de Pedra (1978)) e 10 LPs pela Copacabana (dentre os quais, "Cruz Pesada" (1978), "Castelo de Amor" (1979), "Blusa Vermelha" (1980) e "Barco de Papel" (1984)). 
            Nesses oito anos, o conjunto fez bastante sucesso com as músicas "Não Quero Piedade" (Ronaldo Adriano - Zé da Praia - Barrerito), "Homem De Pedra" (Correto - Creone), "O Doutor E A Empregada" (Roniel - Augusto Alves Pinto), "Fuscão Preto" (Jeca Mineiro - Atílio Versutti), "Panela Velha" (Moraezinho - Auri Silvestre), "Avião Das Nove" (Praense - Ado), "As Andorinhas" (Alcino Alves - Rossi - Rosa Quadros) , "Mineiro Não Perde O Trem" (Juquinha - Silveira), "O Carro E A Faculdade" (Sulino - José Fortuna), "Soraia" (Zé Mulato - Aristeu - Barrerito) e "Bobeou... A Gente Pimba" (Jotha Luiz - César Augusto - Barrerito), apenas para citar algumas. Sem dúvida, o período de maior sucesso do trio. 
Em Março de 1982 os integrantes do "Trio Parada Dura" sofreram um acidente aéreo que levou o Barrerito à cadeira de rodas. Apesar de ter gravado alguns LPs com o trio após o acidente, ele se sentia discriminado pelos companheiros e acabou largando o conjunto. Em seu lugar, entrou seu irmão Parrerito, o qual integrou o trio até 2006. 
Barrerito passou a cantar sozinho, tendo gravado diversos LPs (o primeiro foi "Onde Estão Os Meus Passos", pela Copacabana - 12.944), com destaque para a faixa-título "Onde Estão os Meus Passos" (Carlos Randall - Barrerito - Nilza Carvalho). Ao que consta, o Barrerito gravou 8 LPs em carreira - solo pelos selos Copacabana e RGE. 
            Em 1987, o Trio Parada Dura passou a ser formado por Mangabinha, Parrerito e Creone (Florisvaldo Alves (Ferreira, nascido em Comendador Gomes Ferreira-MG em 1940) e, com essa formação, gravaram um LP na Copacabana ("De Ontem Para Hoje" (1990)) e três LPs na Chantecher ("Palavra de Honra" (1990), "Trio Parada Dura" (1991) e "Gigante Iluminado" (1992)). 
            É preciso também ser citado que os diversos integrantes do trio também já atuaram sozinhos e/ou em diversas outras formações: Creone e Barrerito já formaram dupla em 1963 e gravaram alguns LPs pelo selo Califórnia. Barrerito também chegou a gravar diversos LPs, conforme já foi mencionado logo acima. O mesmo Barrerito também chegou a formar em 1997 o "Trio Alto Astral" juntamente com Creone e Voninho, tendo gravado o CD "Dor-De-Cotovelo" pela RGE em 1998. E o Mangabinha também chegou a gravar diversos LPs tanto em "carreira – solo", como também em dupla com Nhozinho.
O conjunto se desfez em 1992 e retornou à atividade em 1996, com nova formação: Mangabinha, Parrerito e Creonito, ocasião na qual gravaram os CDs "As Andorinhas" (1996) e "Não Vá Embora" (1997), pela EMI e Copacabana, respectivamente. 
E, a partir de 1998, nova formação para o Trio Parada Dura: Mangabinha, Parrerito e Leone.
É comum observarmos os nomes dos integrantes do trio estampados nas capas dos diversos CDs e LP's"para que a gente se confunda o menos possível"... 
O Trio Parada Dura realmente não pode deixar de ser citado, quando se fala na História da Música Sertaneja, já que, conforme foi dito, esse trio se formou em 1973 (bem antes dos"breganejo e sertanojos"), aproveitando a "trilha" que havia sido aberta em 1969 por Léo Canhoto e Robertinho e cuja continuidade havia sido dada em 1970 por Milionário e José Rico. 
            Sobre essa "inovação", ocorrida no gênero sertanejo é preciso ser citado o comentário de Inezita Barroso, que consta na página 333 do Livro "Música Caipira - Da Roça Ao Rodeio" de Rosa Nepomuceno, e que nos mostra o quanto a "Madrinha" dá valor ao que é autêntico, ao que é da Nossa Terra: 
"... não é que eu não goste, mas eles quebraram aquela unidade caipira. Então dali pra cá começaram a aparecer as duplas ditas modernas, né? Criou-se nesse momento, não uma inimizade, mas uma prevenção contra esse tipo de música. Os caipiras resolveram se unir, porque não havia mais lugar para eles, eles estavam indo embora, pro interior." 
            Nessa citação, Inezita se referiu aos que "inovaram a linguagem do mercado" que misturaram violas com guitarras, os quais Inezita sempre viu "com reservas"; isto na época em que "estouravam nas paradas de sucesso" Léo Canhoto e Robertinho, Milionário e José Rico e o Trio Parada Dura. Lembrar que, na época desse comentário, ainda não eram conhecidas duplas tais como "Leandro e Leonardo", "Zezé di Camargo e Luciano" e "Bruno e Marrone", duplas essas "rotuladas comercialmente" como novos nomes da Música (que não é mais) Sertaneja, mas sim uma "mistura romântico/brega" também chamada de "breganejo" ou "sertanojo". 
            De acordo com Ayrton Mugnaini Jr. em seu excelente livro "Enciclopédia Das Músicas Sertanejas", na página 61, "... o rótulo 'breganejo' foi criado pelo radialista Moraes Sarmento (1922 - 1998) (...) Consta que a palavra 'brega' surgiu no Nordeste, de uma casa noturna realmente frege, 'povão' no pior sentido, que ficava numa rua chamada Manoel da Nóbrega; de algum modo a placa da rua foi parcialmente encoberta ou destruída, lendo-se apenas o final, 'brega', que com o tempo acabou virando novo nome desta casa noturna - 'vamos lá no Brega' - e, por extensão, tornou-se também sinônimo de 'puteiro' e da música tocada nestes lugares (...) A música brega pode ser definida como música a mais sentimental, simples e direta possível, que no Brasil, a partir do fim dos anos 60, caracterizou-se por diluir a fusão Rock-MPB da Jovem Guarda com harmonias simples, vocais estridentes e letras óbvias. Uma característica marcante do breganejo é ser música tão comercial quanto urbanizada; afinal, a Música Setaneja já é uma urbanização da Música Caipira..." 
E, é bem possível que seja devido ao sucesso de "Bobeou... A Gente Pimba" (Jotha Luiz - Cesar Augusto - Barrerito), interpretada pelo Trio Parada Dura, que em Portugal é chamada de "música pimba"aquela do tipo bem popular, bem humorada e que se escuta como quem ouve uma anedota. 
As controvérsias certamente são e sempre serão inevitáveis... E jamais deixarão de existir... Assim como Milionário e José Rico e Léo Canhoto e Robertinho, o Trio Parada Dura inovou sem ferir o estilo, sem esquecer totalmente as Raízes, e faz parte de um"divisor de águas" na História Musical Brasileira. Por outro lado, além de composições dos próprios integrantes (Mangabinha, Creone e Barrerito, por exemplo), também podemos ouvir Composições Musicais de Compositores renomados tais como Sulino, Jesus Belmiro, Jeca Mineiro, Ronaldo Adriano,Miltinho Rodrigues, Peão Carreiro, Praense, Carlos Cezar, Palmeira, Teddy Vieira, José Fortuna e Benedito Seviero, apenas para citar alguns, em ótimas interpretações a cargo do Trio Parada Dura, como podemos constatar no álbum duplo da "Série BIS" lançado pela EMI, com uma seleção bastante representativa do trio, em gravações que foram feitas na antiga Copacabana entre 1978 e 1987, quando o conjunto era formado por Mangabinha, Benzito e Barrerito.
E "pra variar", O "Trio Parada Dura" se desfez novamente no ano de 2006 e retornou com nova formação em Novembro de 2007: Leone, Leonito e Mangabinha.
Essa nova formação, no entanto, durou apenas 3 anos e o Trio Parada Dura novamente se desfez. 
Creone, Parrerito e o Sanfoneiro Carlos Rezende formaram o trio "Os Parada Dura", tendo gravado em 2008 o CD "Bebendo E Chorando". E Leone e Leonito também seguiram carreira como Dupla. a partir de Novembro de 2007.
 

.

Um comentário:

  1. Opa meu amigo...
    A 5ª formação do Trio não se desfez não,ainda continua sendo Leone,Leonito e Mangabinha,acabaram de lançar um dvd em comemoração aos 40 anos.
    Nunca teve esta formação Mangabinha, Benzito e Barrerito.
    O Leonito gravou um cd solo,mais continua afrente do Trio.

    ResponderExcluir