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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Zé Mulato e Cassiano, Manchetes 19/11/12

ZÉ MULATO E CASSIANO
Brasília é terra de músicos variados e bons.
Não podia ser diferente.
A capital é formada por gente de todos os cantos do país, de todas as vertentes.
JK ungiu essa cidade no nascedouro com o emblema do amor à música de Dilermando Reis, Tom Jobim, Vinicius de Moraes.
Da seresta e da raiz.
Assim, além de capital do rock e do choro, Brasília é a terra de Zé Mulato e Cassiano, uma dupla que honra a música caipira de fato, aquela que traduz o universo rural e mantém a matreirice singela e inteligente de quem nasceu na roça e mesmo que viva na cidade faz da vida uma boa razão para ser feliz.


Zé Mulato e Cassiano, irmãos de sangue e de percurso profissional, são símbolo do que há de melhor na música caipira, aquela da estirpe de Tião Carreiro e Carreirinho, de Tonico e Tinoco, de Pena Branca e Xavantinho.
São festejados com razão por quem ama a música de raiz.
E completaram 30 anos de convivência nos palcos e estúdios com uma obra múltipla, um documentário em DVD sobre essas três décadas juntos, um CD cantado com o título "Sertão ainda é sertão" e outro CD, o Zé Mulato e Cassiano Instrumental. No CD "Sertão ainda é sertão", há de tudo um pouco, cururu, pagode, rumba, cateretê, moda de viola, Guarânia, xote, polca, bolero, batuque e rasqueado. Todas as canções são de sua autoria. Um dos motivos do seu sucesso é o fato de serem ótimos compositores do seu gênero. Já no CD instrumental, além de muitas composições próprias, eles homenageiam outros compositores como Braz da Viola, J. Oliveira, Antenógenes Silva, Jorge Gallati, Raul Torres, Vanuque, Daniel Fernandes, Sebástian Yradier e o mesmo Dilermando Reis que JK tanto admirava e de quem falo no início desse texto (e cujo violão está exposto no Catetinho para a posteridade), com o chorinho "Fogo na canjica". Zé Mulato e Cassiano são hoje exemplos a serem seguidos pelos novos violeiros que buscam a autenticidade para plantar o seu trabalho na história da música de raiz brasileira.
            Nada contra sertanejos, mas esses dois são a prova de que a verdadeira raiz musical caipira está como nas árvores, plantada no chão da roça, de onde sobe a seiva para dar viço à copa verde e aos frutos saborosos e flores coloridas quando é época de surgirem.
A harmonia da natureza dá o tom na música que soma melodia e ritmo às batidas do coração de quem toca por amor a canção do homem da terra. Ouvir "causos" contados por Zé Mulato e Cassiano é garantia de desopilar o fígado e dar alegria à vida.
Com simplicidade e ironia, eles misturam as cenas rurais de rios, bicas, serras, vales e terra batida a muitas críticas sociais e políticas sobre o que vivenciam como atores qualificados do mundo rural, mas que vivem na urbe cosmopolita que é capital desse Brasil continental. As três obras, que batizam de Zé Mulato e Cassiano - 30 anos - Fidelidade a Brasília, é um produto independente de um também violeiro, mas ainda empresário que não abre mão da música de raiz e faz da sua defesa uma causa: Volmi Batista, criador da VBS, a Viola Brasileira Show, responsável pela produção fonográfica.
O trabalho contou também com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Brasiliatur.  TEXTO DE MARCEL DE BROT, JORNAL HOJE EM DIA Zé Mulato e Cassiano, dupla caipira de Brasília ganhadora do Prêmio Sharp com o melhor Cd de música regional do Brasil em 1998 (Meu Céu).
Nascidos em Minas Gerais, os irmãos José das Dores Fernandes [Zé Mulato] e João Monteiro da Costa Neto [Cassiano], tiveram em casa as primeiras lições com o pai que tocava cavaquinho e cantava. Um andarilho chamado Raimundo Roda, de passagem por sua cidade, ensinou a Zé Mulato, os primeiros segredos da viola caipira.
Em 1969, desembarcaram em Brasília, trazendo apenas sonhos e a dupla.
O primeiro disco só aconteceu em 1978, pela gravadora Xororó.
Depois vieram mais quatro Lp´s e muitas participações em coletâneas, como as homenagens ao Capitão Furtado ao lado de Sivuca, Rolando Boldrin, Roberto Corrêa e outros, Feito na Roça com Inezita Barroso e Pereira da Viola, Violeiros do Brasil com Almir Sater, Zé Côco e Renato Andrade, “Marrequinho – Uma Vida, Uma História” com Chico Rey e Paraná, André e Andrade, Mozart e Mozair e outros.
Zé Mulato e Cassiano tiveram algumas das suas músicas regravadas por dezenas de violeiros pelo Brasil afora até cantores da MBP, caso de Eduardo Dusek, que gravou “Soraia”.
Desencantados, com os rumos tomados pela música sertaneja, Zé Mulato e Cassiano, ficaram mais de dez anos sem gravar, mas não param de cantar.
Qualquer oportunidade onde houvesse respeito e admiração pela música caipira de raiz era um palco para o talento dessa dupla que nunca fez concessões, sempre defendendo a verdadeira música brasileira.
O retorno ao disco aconteceu pelas mãos da dupla “Pena Branca e Xavantinho”, que os apresentou ao compositor Victor Martins, diretor da Gravadora Velas.
Contrato assinado, trabalho feito, com direção musical do violeiro Roberto Corrêa, surge o melhor Cd de música regional do ano de 1998, Meu Céu, de Zé Mulato e Cassiano.
O coroamento aconteceu com a conquista do Prêmio Sharp, concorrendo com as irmãs Galvão e Lourenço e Lourival. Dia 13 de maio de 1998, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, os caipiras mineiros/ brasilienses, receberam das mãos da apresentadora Hebe Camargo o mais importante prêmio da música brasileira. São reconhecidos como a dupla caipira mais autêntica do Brasil.
Zé Mulato & Cassiano Tem dezenas de composições gravadas por outros artistas, como: Eduardo Dusek, Irmãs Freitas, Vieira & Vieirinha, Chico Rey & Paraná, Galvão & Galvãozinho, Liu & Léu, Cacique & Pajé, Pedro Bento & Zé da Estrada, Carreiro e Carreirinho, Trio Parada Dura, Mato Grosso e Mathias e Jackson Antunes. Ganhadores do Prêmio Sharp em 1998 na categoria Melhor Dupla Regional pelo álbum Meu Céu, Prêmio TIM 2003, Prêmio Excelência da viola 2004.
Em 2009 comemoramos 80 anos da gravação do primeiro disco de música caipira no Brasil. Um feito de Cornélio Pires em 1929, Zé Mulato & Cassiano se apresentam hoje como o melhor resultado do que foram estes 80 anos de música caipira, raiz, sertaneja, cabocla ou regional não importa.
De qualquer forma eles apresentam um trabalho com pelo menos três referências importantes na configuração deste gênero musical genuinamente brasileiro: 1. 
A característica marcante de duplas famosas das décadas de 20, 30 e 40, como: Jararaca e Ratinho, Alvarenga e Ranchinho e Zé Fortuna e Pitangueira com suas paródias, sátiras musicais, causos e piadas. 2.
O preciosismo na elaboração de letras, preservando sempre a poesia de boa rima e temas presentes no cotidiano do povo brasileiro, tanto da cidade quanto da roça. Característica de duplas como Raul Torres e Florência, Tonico e Tinoco e Zé Carreiro e Carreirinho.
            O mais importante é que Zé Mulato & Cassiano são considerados hoje uma das melhores duplas em termos de execução dos instrumentos (Viola e Violão). Zé Mulato segue os passos de violeiros como: Bambico e Tião Carreiro, só que com uma técnica bem particular.
Cassiano músico autodidata toca violão como poucos do gênero caipira no Brasil. A maior prova disso é que nas suas gravações eles mesmos se acompanham, e mostraram isso gravando um disco só com músicas instrumentais de autoria da própria dupla e clássicos de todos os tempos, como La Paloma (Sebastian Yradier - 1860, Saudade de Matão Jorge Galati - 1904).
Chegamos ao fim da primeira década do século XXI, com um saldo positivo na música popular genuinamente brasileira e isso graças a Zé Mulato & Cassiano que nos proporciona apreciar toda a riqueza rítmica, melódica e poética da nossa música regional caipira em seus 12 discos gravados.
Na maior parte dos mais de 40 anos que reside em Brasília, Zé Mulato, principal compositor da dupla, dedicou-se ao trabalho de segurança na Câmara dos Deputados Federais, de onde tirou inspiração e argumento para temperar suas músicas com boas pitadas de humor e críticas sociais.
Isso tendo como referência sempre as coisas puras e simples do sertão. Zé Mulato & Cassiano chegaram a ficar mais de dez anos sem gravar, por não aceitarem imposição das gravadoras. Mas logo no seu primeiro CD feito com total autonomia eles arrebataram o prêmio Sharp como melhor dupla regional do Brasil em 1998.
Feito repetido em 2003, com a conquista do prêmio TIM. Em 2008 quando completaram 30 anos da gravação do primeiro disco, foram homenageados no Teatro Nacional em Brasília em um evento que contou com as presenças de Inezita Barroso, Pena Branca, Roberto Correa e Pereira da Viola. Zé Mulato & Cassiano tem participado de vários projetos culturais por todo o país, fazendo shows em várias capitais e no interior, participou recentemente do projeto Pixinguinha e do Acordes brasileiro.
Estão também entre os violeiros que compõe o DVD Violeiros do Brasil. Enfim, Zé Mulato e Cassiano são a sínteses da resistência e luta pela preservação da nossa autêntica cultura caipira.  Volmi Batista – Produtor CONTATO COM ZÉ MULATO & CASSIANO: http://www.violabrashow.com.br/
Fonte: VBS PRODUÇÕES E EVENTOS
http://blogdomarrequinho.blogspot.com.br/

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